O Trip Rural foi até os campos da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – APTA, Polo Regional do Vale do Paraíba, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, localizado em Pindamonhangaba, para participar do mutirão agroflorestal (SAF – Sistema Agroflorestal), promovido pela Agência junto com a Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba.
A visita fez parte dos objetivos do projeto Trip Rural em conhecer mais esta categoria de turismo que Pindamonhangaba tem a proporcionar, o chamado turismo científico.
O mutirão aconteceu no dia 18 de novembro de 2016 e reuniu mais de 30 participantes do Vale do Paraíba. Produtores agrícolas, assentados da reforma agrária, educadores, representantes de universidades e ONGs, profissionais de comunicação, médicos, pesquisadores, agentes de mobilização, de turismo e, empresários da própria Pindamonhangaba e cidade vizinhas de Cruzeiro, Lorena, Taubaté, São José dos Campos, Cachoeira Paulista, São Paulo capital; Itajubá e Marmelópolis de Minas Gerais; do Rio de Janeiro e do exterior vindos da Austrália e Holanda se reuniram num grande esforço de integração e troca de conhecimento e experiências.
Foram mais de 20 espécies diferentes plantadas de forma consorciada, à partir de um estudo da área a ser cultivada considerando-se solo, o recurso hídrico (córrego) e a mata ciliar a ser recuperada no local. Dentre as espécies estão árvores nativas, frutíferas, leguminosas, hortaliças e aquelas com o intuito único de adubar em forma de massa orgânica para as companheiras. Algumas delas: bananeiras, aroeira, pau-viola, goiabeira, baba-de-boi, açafrão, araruta, guandu, mamona, mandioca, feijão de porco, arroz, soja, entre outras espécies.
Alguns perfis dos participantes:
Lucas Lacaz Ruiz - Repórter fotográfico/São José dos Campos: Sozinho adotou uma praça pública na cidade plantando somente algumas mudas e flores. Atraiu a simpatia dos vizinhos que passaram a auxiliá-lo e até da Secretaria de Meio Ambiente do Município que, de forma monitorada, liberou para Lucas e a comunidade promoverem a adoção e manutenção da área. Conheceu a Rede Agroflorestal e agora adota as técnicas dos SAFs para o manejo, com uma das maiores vantagens, sem custos para a comunidade, já que a dinâmica dos sistemas agroflorestais já fornecem os insumos necessários de forma natural.
Valdir Mrtins - Agricultor do Assentamento Nova Esperança/São José dos Campos: Cultiva desde 2002 suas hortaliças e adotou o SAF desde 2011 que já conta com mais de 80 espécies plantadas entre frutíferas e nativas. Fornece todos os domingos para a Feira Agroecológica do Parque Vicentina de Aranha. Montam cestas de produtos e entregam em São Paulo para o Armazém do Campo. Tem auxílio de integrantes da família e ainda troca dias de serviço entre os vizinhos assentados. Até hoje, recebeu mais de 10 grupos estrangeiros, entre estudiosos, pesquisadores e imprensa para conhecer seu trabalho como assentado e adepto do SAF e se diz surpreendido com a repercussão e resultado que os estudos vem lhe trazendo.
Ronaldo Gonçalves Madureira - Engenheiro/Cruzeiro: Com ênfase em energia solar, permacultor e ex-secretário de meio ambiente de Cruzeiro, está construindo tanque de evapotranspiração (TEVAP).
Marília de Paula - Professora e agricultora/Pindamonhangaba: Adotou o SAF há um ano e o agregou aos seus canteiros de hortaliças orgânicas. Com a agrofloresta pretende valorizar e otimizar sua propriedade para o turismo e a gastronomia, de onde já retira os ingredientes para sua culinária natural e diet/light da qual também se dedica.
APTA e a Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba
As agências da APTA atendem à demanda tecnológica das várias cadeias de produção do agronegócio, utilizando seu potencial de geração e transferência de conhecimento, numa visão de desenvolvimento sustentado (foco na inovação com responsabilidade social e ambiental). Para isso, estão respaldadas pela capacitação profissional de seus pesquisadores e técnicos. Por meio de suas atividades de pesquisa e produção de bens e serviços, as Instituições da APTA contribuem para o desenvolvimento regional, para a inovação científica e tecnológica e para o fortalecimento da economia baseada no agronegócio.
A Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba (que nasceu dos campos da APTA), por sua vez, promove a capacitação de produtores rurais, assentados da reforma agrária, pesquisadores, educadores, estudantes de nível médio, técnicos agropecuários, universitários, gestores ambientais de unidades de conservação, empresários e representantes de organizações não-governamentais através de mutirões, workshops e palestras em diversas propriedades rurais, além do próprio Polo Regional de Pindamonhangaba.
E o Turismo Científico não poderia ficar de fora neste importante nicho de desenvolvimento e reconhecimento dos trabalhos de pesquisa do Estado.
Oi tudo bom
Oi Tudo bem!!
Lindo e emocionante o trabalho de vocês. O planeta agradece.
Olá Claudia! O Trip Rural continuará a investir no Turismo Científico. Parabéns aos nossos Pesquisadores que tantas contribuições trazem à sociedade. Abraços e obrigado pelo elogio! Volte sempre!