Silveiras, Vale Histórico

Tropeirismo, Serra da Bocaina, artesanato, culinária, ecoturismo, cicloturismo, cachoeiras, trilhas, observação de pássaros, agroturismo e turismo de experiência fazem da cidade de Silveiras um destino sem igual!

Surgida à partir do rancho da família Silveiras para as tropas que cruzavam a região no início do século XIX durante o ciclo do ouro e posteriormente no ciclo do café, o município é uma das referências mais importantes desta cultura tropeira.  Seu surgimento se deu à partir da cidade de Lorena, como Freguesia de Silveiras, como era a definição da época, caracterizada pela implantação  de Paróquias, no caso, em homenagem a Nossa Senhora da Conceição de Silveiras.  Em 1842 de freguesia passou a Vila que lhe assegurou a independência e vida autônoma para a comunidade.

Cruzamento de viajantes

A cidade ficou bem no cruzamento dos caminhos que vinham do Litoral Norte em direção a Minas Gerais e aos que ligavam São Paulo ao Rio de Janeiro. Por isso mesmo, muitos negociantes se dirigiam para o local, buscando atender os passantes. Situada na Estrada dos Tropeiros - SP-068 (antiga estrada São Paulo/Rio de Janeiro), em 1888 Silveiras crescia em ritmo acelerado durante o ciclo do café e se tornou o 4o. município mais populoso do Vale do Paraíba com 25 mil habitantes.

Politicamente, enfrentou os mandatários de São Paulo, apoiando a Revolução Liberal, 1842.  Com o declínio do café que passou a ser cultivado no oeste paulista, o fim da escravidão, com a república proclamada e sem uma estrada de ferro que cruzasse a cidade para escoar produção, encerrou-se essa era de progresso.   Com a construção da Rodovia Presidente Dutra a cidade ficou parada no tempo e a população foi reduzida drasticamente.

Revolução Liberal de 1842 e Revolução Constitucionalista de 1932

A sua condição de Vila foi seria efetivamente implantada somente em 7 de setembro de 1844, pois estes dois foram dramáticos para a comunidade.  O município se tornou palco de combates sangrentos da Revolução Liberal.  As tropas do Barão de Caxias deixaram mortos 56 chefes e família em 12 de julho 1842.  As trincheiras, que até hoje testemunham o triste episódio, foram reabertas em1932 durante a Revolução Constitucionalista, fatos que revelam o marcante civismo dos silverenses.

Um novo turismo

No final da década de 70, Silveiras se redescobriu e lançou um movimento comunitário chamado Silveirarte que promovia feiras de artesanato, a valorização do patrimônio cultural do município e características naturais da região.  Cercada pelo Parque Nacional da Bocaina e pelo Parque Estadual da Serra do Mar, Silveiras é privilegiada por estas áreas de conservação e se aproveitou da grande diversidade de pássaros da região para lançar o artesanato tendo as aves como tema e identidade local. Atualmente recebe turistas em busca de cultura, natureza, fé, boa gastronomia e artes populares.

Nos últimos anos, Silveiras redescobriu o turismo à partir de novas atividades que surgiram na cidade. O ecoturismo atrelado aos Parques Nacional e Estadual, a religiosidade pela proximidade das cidades do Circuito Religioso e, novas culturas agrícolas e de experiências atraem turistas de várias regiões.  Fazendas especializadas na produção de óleos essenciais, olivas e criação de porcos carunchos misturam, tanto métodos de cultivo e criação contemporâneos como os tradicionais, o que fez da cidade, um destino bem legal.